segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Médicos criam maneira de ‘prever’ se quimioterapia vai funcionar

Cientistas americanos apresentaram uma nova explicação sobre como a quimioterapia funciona no tratamento contra o câncer e, de quebra, criaram um teste para “prever” se ela vai ou não funcionar. O trabalho foi apresentado na edição desta semana da revista Science por médicos do Instituto do Câncer Dana-Farber, em Boston, nos EUA.

A quimioterapia funciona danificando estruturas da célula até um ponto em que ela é obrigada a se autodestruir para não repassar os danos às suas vizinhas. É como se ela forçasse a célula ao suicídio.
A teoria mais aceita pelos médicos até agora dizia que a quimio atacava o câncer porque selecionava as células que estavam se multiplicando mais rapidamente no organismo.
A equipe do Instituto Dana-Farber, no entanto, questiona isso. Para o grupo liderado por Anthony Letai, a quimioterapia afeta apenas as células que já estavam danificadas o suficiente para já estarem prestes a se autodestruir.
Com a descoberta, o grupo desenvolveu uma técnica para detectar quais células estão nesse ponto – e, portanto, saber quais tumores em quais pacientes vão responder melhor ao tratamento antes mesmo de ele ser iniciado. Em testes em 85 voluntários, eles mostraram que a quimio funcionava de fato melhor nos tumores que já estavam perto do suicídio.
No futuro, pode ser possível até tornar a quimioterapia mais eficiente ao “forçar” a célula a chegar nesse ponto mais cedo.
27/10/2011

Comentário:
Inovações trazidas através de pesquisas na área médica são sempre proveitosas, pois mesmo que não se encontre uma utilidade hoje, provavelmente em pouco tempo será descoberta uma forma de utilização que beneficie a população de modo geral.
A reportagem acima traz duas notícias, uma delas mostra uma descoberta de extrema importância e outra que, ao meu ver, talvez não traga tantas vantagens. A primeira, diz que um grupo de médicos possa ter descoberto realmente como a quimioterapia age no tratamento contra o câncer, o que é extremamente proveitoso para a, quem sabe, futura descoberta da cura da doença. Já a segunda, fala sobre uma técnica que aponta quais pacientes vão responder melhor ao tratamento antes de começá-lo. Ou seja, na minha opinião, é uma forma contar aos pacientes que eles têm alguma chance de se curar ou não, o que acaba tirando a esperança dessas pessoas, o que muitas vezes pode afetar no tratamento, quem sabe até em forma de suicídio.

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