quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ONU diz que Brasil subaproveita seu potencial em energias renováveis

O Brasil ocupa uma posição de destaque na produção de energias renováveis, mas "poderia fazer mais esforços" em relação às energias solar e eólica, segundo a Conferência da Organização das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que publicou nesta terça-feira (29) um relatório sobre o tema.
"O Brasil, devido ao seu clima e à sua superfície, possui um enorme potencial em termos de energia eólica e solar, mas não explora de forma suficiente sua capacidade nessas áreas", disse Anne Miroux, diretora do relatório Tecnologia e Inovação - Potencialização do Desenvolvimento com Energias Renováveis, da Unctad.
Ela diz que o Brasil se concentra em setores "maduros", como os biocombustíveis e a geração de energia hidrelétrica, criados há décadas. "O Brasil está entre os principais países que produzem energias renováveis, mas não em termos de energias modernas, como a eólica e a solar, nas quais nos focalizamos hoje", diz Miroux.
Investimento
O relatório da Unctad revela que o Brasil foi o quinto país que mais investiu em energias limpas no ano passado, totalizando a soma de US$ 7 bilhões. A China, com o valor recorde de US$ 49 bilhões, liderou os investimentos em energias renováveis em 2010, seguida pela Alemanha (US$ 41,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 30 bilhões) e Itália (US$ 14 bilhões).
O Brasil, segundo dados do instituto voltado para estudos na área de energias renováveis REN 21, citados no relatório, é o quarto principal país em termos de capacidade de produção dessas energias, incluindo a hidrelétrica.
Mas o país não está entre os cinco principais em relação à capacidade de produção de energia eólica (liderada pela China) ou solar. O relatório da Unctad afirma que os países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) "estão fazendo avanços tecnológicos significativos nos setores eólico e solar".
"A China está fazendo grandes esforços em relação ao uso de energias renováveis. Um dos grandes problemas do país são suas centrais térmicas que utilizam carvão. A transição não é simples e não pode ser feita de um dia para o outro", diz Miroux.
Metas ambiciosas
A diretora do estudo ressalta que o Brasil "está no bom caminho" com o objetivo "notório" de desenvolver as energias renováveis, apesar de ainda 'não fazer o suficiente' em relação às energias solar e eólica. Ela elogiou a meta fixada pelo governo de que 75% da eletricidade produzida no país seja proveniente de energias renováveis em 2030.
"O Brasil é um dos raros, talvez o único, a ter uma meta tão ambiciosa", afirma Miroux, que questiona também se as enormes reservas do pré-sal poderiam colocar em risco a estratégia atual de desenvolvimento das energias limpas no país.
Tecnologia
Segundo o relatório, os investimentos globais em energias renováveis saltaram de US$ 33 bilhões em 2004 para US$ 211 bilhões no ano passado - um aumento de 539,4%. O crescimento médio anual no período foi de 38%.
Apesar dos números, a diretora do estudo alerta que ainda faltam "centenas de bilhões de dólares" para aperfeiçoar as tecnologias nos países em desenvolvimento e expandir o uso das energias renováveis no mundo. De acordo com o relatório, as energias renováveis oferecem uma oportunidade real para reduzir a pobreza energética nos países em desenvolvimento.
29/11/2011

Comentário:
Como já se sabe, energia renovável é a energia proveniente de recursos naturais como o sol, vento, calor, entre outras, que são naturalmente reabastecidas. Logo, energia não- renovável é aquela que não é possível repor o que gastamos, como por exemplo, os combustíveis fósseis. Então, é evidente que energias renováveis trazem muitos benefícios, como por exemplo, o fato de não produzirem emissões de gases do efeito estufa (o que é motivo de grande preocupação ultimamente).
Porém, é claro, se observa certos problemas quanto alguns sistemas de energias renováveis, como o fato de as hidroelétricas poderem criar barreiras à migração de certos peixes, o que já ocorreu nos rios do noroeste da América do Norte que desembocam no Oceano Pacífico, quando a população de salmão diminuiu notavelmente.
Embora hajam prós e contras, acredito que os prós prevaleçam nessa questão. Tanto se fala em energias renováveis, e acredito que o Brasil deva investir mais ainda em tais sistemas.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Fabricante de 'pulseira de equilíbrio' indenizará clientes nos EUA, diz site

Pulseira equilíbrio power balance pulseirinha magnética


A Power Balance, fabricante de pulseiras que afirmam dar mais "força, equilíbro e flexibilidade" ao usuário, terá de pagar US$ 57 milhões em indenizações a clientes nos Estados Unidos. A empresa perdeu um processo por publicidade enganosa no país e poderá até declarar pedido de falência, segundo o site de notícias TMZ.
O material, feito de silicone, é vendido por US$ 30 e já foi usado por atletas como Shaquille O'Neill e Kobe Bryant, da liga norte-americana de basquete, e pelo piloto brasileiro Rubens Barrichello. Fundada em 2007, a marca vendeu 3 milhões de unidades do produto no mundo.
Em janeiro, um grupo de consumidores moveu uma ação contra a fabricante na corte federal de Santa Ana, em Los Angeles. No mês anterior, os irmãos Josh e Troy Rodarmel, fundadores da empresa, já haviam admitido que não existiam provas científicas que garantissem os efeitos divulgados na publicidade do produto.
No início de 2011, um órgão de controle de produtos expôs publicamente as reclamações de clientes na Austrália. Reembolsos totais foram oferecidos aos consumidores no país até o dia 30 de junho. Em nota, a empresa também pediu desculpas pelo ocorrido.
Procurada à época pelo G1, a distribuidora brasileira da Power Balance afirmou, por meio de assessoria de imprensa, que a publicidade veiculada no país seguia as orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não houve promoção de reembolso para os produtos da empresa no Brasil.
A fabricante já havia sido multada em 350 mil euros na Itália e, na Espanha, outra penalização foi aplicada em 2010, no valor de 15 mil euros.
22/11/2011

Comentário:
Somos tão acostumados a ser enganados que já estamos acostumados. Isso acontece sempre, nas indústrias de alimentos, roupas, cosméticos e a lista segue. Acredito que as pessoas deveriam apresentar um pouco mais de bom senso (ou de repente deixar a ingenuidade de lado) e pensar então, em como uma pulseira pode te prometer maior equilíbrio. Não sei se é ceticismo demais da minha parte,mas nunca acreditei na proposta do acessório.
Alguns dizem ser que a pulseira faz efeito sim, mas não por mérito de seus inventores, mas sim porque age com o psicológico das pessoas. Como por exemplo, quando a pessoa usa a pulseira pensando que terá mais equilíbrio, acaba realmente tendo mais equilíbrio, mas porque seu cérebro está condicionado a achar isso.

Obama pede a americanos que sigam seu exemplo e parem de fumar

O presidente Barack Obama, um ex-fumante, pediu a seus compatriotas nesta quinta-feira (17) que abandonem o cigarro, embora tenha dito que sabe como é difícil deixar o vício, durante jornada nacional de consciência sobre os danos que o tabaco causam à saúde.
Apesar dos avanços na luta contra o tabagismo, "hoje, 46 milhões de americanos continuam dependentes" do tabaco, disse Obama em um vídeo, aparentemente gravado na Casa Branca antes de o chefe de Estado partir de viagem para a Ásia e Pacífico.
"O consumo de tabaco continua sendo a causa principal de morte prematura neste país. E é difícil parar de fumar. Acreditem em mim. Eu sei", disse Obama, de 50 anos.
Segundo seu porta-voz e sua própria esposa, Obama, fumante durante 30 anos, abandonou o cigarro no começo de 2010, um ano depois de chegar à Casa Branca.
O presidente dos EUA, Barack Obama, nesta quinta-feira (17) em Depansar, na ilha indonésia de Bali (Foto: AFP)
Em dezembro de 2010, seu porta-voz na época, Robert Gibbs, afirmou que o presidente não fumava havia nove meses. Ele reconheceu que abandonar o cigarro era uma "luta" para Obama, devido à tensão a que qual estava submetido, mas conseguiu porque é "teimoso". A primeira-dama, Michelle Obama, afirmou em fevereiro que seu marido havia parado de fumar havia um ano. Ela também disse que não voltou a tocar no tema com ele desde então.
"Quando alguém está fazendo o que é certo, não me meto", disse na ocasião a esposa do presidente.
17/11/2011

Comentário:
Um incontável número de pessoas no mundo inteiro tem como hábito fumar. Fumar faz mal, todo mundo sabe, muitos temem o câncer e, logo, não fumam. Então, prática certa, zelam por sua saúde como muitos outros. Porém, ainda há uma grande parcela de pessoas que talvez nem se importem com o fato de que amanhã ou depois podem acordar e descobrir que o companheiro cigarro o deixou tão dependente que agora está doente e corre perigo de vida.
Pode parecer clichê que um ícone mundial, como o presidente Barack Obama, aconselhe claramente que as pessoas parem de fumar, porém de certa maneira se torna eficaz. Hoje em dia, querendo ou não, nos tornamos pessoas muito influenciáveis, e então, em situações como esta, se deixar influenciar por uma boa causa não parece mais ruim. Deixamos de lado a má impressão para aderir à uma boa causa. Que continuemos assim!

Mãe anoréxica pesa menos que a filha de sete anos no Reino Unido

Rebecca Jones e a filha de sete anos (Foto: Reprodução/Daily Mail)


À primeira vista elas parecem ser irmãs, mas, são, na verdade, mãe e filha. Após sofrer de anorexia por metade da sua vida, a britânica Rebecca Jones, de 26 anos, pesa hoje 32,3kg - menos que a filha de sete anos, Maisy, que pesa 37,4kg e tem 20 centímetros a menos. A notícia sobre o caso foi publicada nesta terça-feira (8) no site do jornal britânico "Daily Mail".
Segundo o periódico, enquanto vive de sopas, torradas e bebidas energéticas, a secretária incentiva a filha a comer chocolates e bolos. "Vestir as mesmas roupas que Maisy me dá uma sensação de orgulho. É errado, mas me faz sentir bem. Eu não acho que eu estou magra - eu sempre me vejo como maior.", disse ao jornal.
Segundo a reportagem, o distúrbio alimentar de Rebecca começou após o divórcio de seus pais, quando ela tinha 11 anos. Aos 13, ela praticamente parou de comer. "Minha mãe pensou que eu tinha perdido as gordurinhas a mais. Eu era mais feliz". Mas em dois anos seu peso caiu para 50,8kg e sua menstruação parou. "Eu estava tão frágil, muitas vezes não conseguia sair da cama", disse ela.
Ela conheceu o pai de Maisy quando tinha 19 anos e estudava na Universidade de Manchester. Ela tinha assumido o fato de que a anorexia a tinha deixado estéril e não tinha ideia que estava grávida até que sentiu um pontapé. Um exame revelou que ela estava com 26 semanas de gravidez.
De acordo com a reportagem, médicos pediram a ela para comer frango e tomar pílulas de vitaminas para ajudar o bebê, mas seu estômago não estava acostumado a eles. "Meu namorado tentou me fazer comer, mas meu estômago estava tão acostumado a pequenas quantidades, que a alimentação adequada me deixava enjoada."
Apesar de sobreviver com uma dieta de pão e beterraba, a filha nasceu saudável. Mas Rebecca não produziu leite para amamentar.
Após se separar do pai de Maisy, Rebecca passou a ter uma dieta praticamente líquida, que diminuiu seu peso para baixo de 31kg. Hoje ela conseguiu ganhar um pouco de peso, mas está com níveis perigosamente baixos de potássio - uma condição que provoca fraqueza muscular extrema. Ela agora tem seus níveis de potássio e frequência cardíaca monitorados regularmente.
08/11/2011

Comentário:
Pode ser que o título da notícia, e a reportagem em si, não chame a atenção de muitas pessoas. Mas deveria. A anorexia hoje é um grande e sério problema no mundo em que vivemos. A cada dia mais meninas (ou até meninos, mulheres, enfim) se sentem mal em relação a seu corpo e acreditam tanto na ideia de que precisam perder peso que acabam emagrecendo exageradamente e criando hábitos horríveis, como o de vomitar propositalmente, característica de uma pessoa com bulimia.
Muitas pessoas (principalmente os jovens) entram nessa situação por consequência de alguma experiência traumática que teve. E, então nessas horas, quando deveria ter o maior apoio daqueles próximos, se sentem sozinhas, e por exemplo, acabam tentando serem "aceitos" busacando uma beleza exagerada.
Nesses casos, acredito que seja essencial um acompanhamento além de nutricional, também psicológico, porque é óbvio que quem pratica tais atos, na grande maioria das vezes, não tem noção dos males que causa a si próprio, por isso precisa de alguém que mostre o que há de errado.
Todos deveriam passar a olhar para tal assunto de maneira mais crítica, para que se possa mostrar aos que sofrem de anorexia (ou qualquer outro transtorno alimentar) tudo de ruim que uma vida baseada em tais princípios pode acarretar.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Justiça Federal nega pedido para liberar venda de emagrecedores

O juiz da 7ª Vara Federal Novely VilaNova da Silva Reis negou nesta sexta-feira (14) pedido de liminar do Conselho Federal de Medicina (CFM) para suspender a proibição da venda de remédios à base de anfetamina (anfepramona, femproporex e mazindol) que atuam na redução do apetite.
A proibição foi determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada. Na mesma reunião, a diretoria da agência decidiu manter a comercialização e o registro da sibutramina, um dos remédios mais vendidos para tratar obesidade, mas aumentou o controle sobre a venda e a prescrição desse tipo de medicamento.
Com a decisão do juiz Novely Reis, ficam mantidas as determinações da Anvisa, que estabeleceu prazo de 60 dias para que os produtos proibidos sejam retirados do mercado. Os estabelecimentos que mantiverem a comercialização poderão ser interditados ou multados em valores que vão de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.
A Justiça não divulgou detalhes sobre a decisão, de caráter provisório (o mérito do caso ainda terá de ser analisado).
Na ação, o Conselho Federal de Medicina alertou para o risco de se deixar pacientes obesos sem alternativas de tratamento e pediu mais rigidez no controle dessas substâncias, a fim de garantir que sejam usadas sob supervisão médica.
“A Anvisa quer tutelar uma matéria sem qualquer fundamento técnico, cerceando direitos dos pacientes e autonomia dos médicos de utilização de medicamentos eficazes, conforme histórico de 30 anos. (...) A autonomia do médico, na prescrição de medicamentos, e do paciente, no livre acesso aos mesmos, estará fulminada já que a prescrição médica é prova suficiente para comprovar a necessidade/utilidade do tratamento que se pleiteia”, afirmou a entidade na ação.

14/10/2011

Comentário:
Acredito que situações como a mostrada na reportagem acima sejam sim relevantes. Porém, também se deve ter em mente que a opção por fazer uso do medicamento é do paciente e do médico.
Logo, se o paciente tiver consciência do medicamento que está fazendo uso, não há o que possa ser feito. Porém, é claro, se deve ter um certo controle sobre as prescrições médicas para que não haja nenhum tipo de uso exagerado ou desnecessário. Porque, muitas pessoas hoje, contam com o bom senso e preparo dos médicos, o que algumas vezes não se nota.
De qualquer forma, o paciente deve ter o direito de fazer uso do medicamento, desde que seja feito com bom senso. O mesmo vale para o médico, que deve ser bem preparado para saber quando é necessário ou não o uso do remédio.
 

Receita de remédio 'off label' deve seguir dado científico

O remédio Victoza (nome comercial da liraglutida), normalmente indicado para diabetes, andou sumindo das prateleiras das farmácias nos últimos tempos. O motivo: também estava sendo receitado como emagrecedor.
A suposta eficácia da substância para os gordinhos, e a polêmica sobre receitá-la mesmo sem a aprovação dos órgãos reguladores, chamou a atenção para os chamados medicamentos "off label" (algo como "fora da bula").
Receitar um remédio já comercializado para uma função diferente da estipulada na bula e autorizada para comercialização está dentro das atribuições dos médicos no mundo todo.
Em comunicado oficial sobre o "off label", a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) lembra que, quando faz esse tipo de receita, o médico está "por sua conta e risco" e se responsabiliza pelo que ocorrer com o paciente. Os efeitos adversos podem "eventualmente vir a caracterizar erro médico", afirma a agência.

No caso do Victoza, o órgão federal condenou a receita "fora da bula". "O uso para outra finalidade que não seja como antidiabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população", disse o diretor-presidente da agência, Dirceu Barbano, em nota oficial no mês passado.
Em princípio, no entanto, não há nada de antiético na receita "off label", desde que ela seja feita com critério, explica João Baptista Laurito Júnior, professor de bioética da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. "O mais importante é que haja respaldo daquele uso na literatura científica médica", afirma.
Para o especialista, é importante levar em conta as velocidades diferentes da pesquisa médica e das agências reguladoras de fármacos. Com exigências de segurança cada vez maiores, os órgãos oficiais naturalmente demoram mais para aprovar novos usos para remédios.
"Quando já existem boas evidências de que um novo uso é viável, muito provavelmente ele vai ser aprovado pelas agências mais cedo ou mais tarde, então não há problemas em receitá-lo", diz.

31/10/2011


Comentário:

Para ser sincera, devo confessar que nunca tinha ouvido falar sobre remédios "off label", o que me pareceu um erro, tendo agora noção da importância de ter uma opinião formada sobre tal assunto de tamanha relevância.
Acredito que não seja tão errado um médico receitar um medicamento geralmente usado de tal forma para que o mesmo medicamento seja usado de outra maneira. Porém, acho necessário um certo controle e certas "regras". Por exemplo, o paciente deve estar ciente de que o medicamente que está usando não é normalmente utilizado para tal finalidade, para que o mesmo assuma as consequências. Logo, todos os riscos devem ser expostos de forma clara e honesta.
Porém, também concordo que o médico deva assumir certos riscos e certas consequências caso algo grave aconteça ao paciente, porque quem indicou o medicamente foi ele.

Médicos criam maneira de ‘prever’ se quimioterapia vai funcionar

Cientistas americanos apresentaram uma nova explicação sobre como a quimioterapia funciona no tratamento contra o câncer e, de quebra, criaram um teste para “prever” se ela vai ou não funcionar. O trabalho foi apresentado na edição desta semana da revista Science por médicos do Instituto do Câncer Dana-Farber, em Boston, nos EUA.

A quimioterapia funciona danificando estruturas da célula até um ponto em que ela é obrigada a se autodestruir para não repassar os danos às suas vizinhas. É como se ela forçasse a célula ao suicídio.
A teoria mais aceita pelos médicos até agora dizia que a quimio atacava o câncer porque selecionava as células que estavam se multiplicando mais rapidamente no organismo.
A equipe do Instituto Dana-Farber, no entanto, questiona isso. Para o grupo liderado por Anthony Letai, a quimioterapia afeta apenas as células que já estavam danificadas o suficiente para já estarem prestes a se autodestruir.
Com a descoberta, o grupo desenvolveu uma técnica para detectar quais células estão nesse ponto – e, portanto, saber quais tumores em quais pacientes vão responder melhor ao tratamento antes mesmo de ele ser iniciado. Em testes em 85 voluntários, eles mostraram que a quimio funcionava de fato melhor nos tumores que já estavam perto do suicídio.
No futuro, pode ser possível até tornar a quimioterapia mais eficiente ao “forçar” a célula a chegar nesse ponto mais cedo.
27/10/2011

Comentário:
Inovações trazidas através de pesquisas na área médica são sempre proveitosas, pois mesmo que não se encontre uma utilidade hoje, provavelmente em pouco tempo será descoberta uma forma de utilização que beneficie a população de modo geral.
A reportagem acima traz duas notícias, uma delas mostra uma descoberta de extrema importância e outra que, ao meu ver, talvez não traga tantas vantagens. A primeira, diz que um grupo de médicos possa ter descoberto realmente como a quimioterapia age no tratamento contra o câncer, o que é extremamente proveitoso para a, quem sabe, futura descoberta da cura da doença. Já a segunda, fala sobre uma técnica que aponta quais pacientes vão responder melhor ao tratamento antes de começá-lo. Ou seja, na minha opinião, é uma forma contar aos pacientes que eles têm alguma chance de se curar ou não, o que acaba tirando a esperança dessas pessoas, o que muitas vezes pode afetar no tratamento, quem sabe até em forma de suicídio.