quinta-feira, 31 de março de 2011

Alimentos japoneses serão inspecionados antes de entrar no Brasil

Os alimentos importados do Japão passarão por análise para verificar se estão contaminados por radiação. A medida foi acertada na quarta-feira (30) por representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos ministérios da Agricultura e da Saúde. O objetivo é evitar a entrada de produtos contaminados no Brasil, após o vazamento de material radioativo em consequência do terremoto seguido de tsunami no dia 11 de março.

Os fiscais da Anvisa vão coletar amostras dos alimentos e enviá-las aos laboratórios que integram a rede da comissão nuclear, localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo. A carga ficará retida nos portos e aeroportos e liberada somente depois do aval da comissão. Não foi estipulado prazo para o resultado da análise laboratorial. Segundo a gerente de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, a avaliação deve ser rápida.

Outra medida prevê que os produtos alimentícios de 12 províncias próximas à usina nuclear de Fukushima Daiichi, onde ocorreu o vazamento de material radioativo, deverão vir com um certificado comprovando exame e liberação por parte da autoridade sanitária japonesa.

Denise Resende afirmou que a chance de um alimento contaminado por radiação chegar ao Brasil é baixa. Segundo ela, o país compra poucos alimentos de origem japonesa. A maioria é formada de massas para a fabricação de produtos de padaria, pastelaria e biscoitos. “O governo japonês já proibiu a exportação [de produtos da região de Fukushima]. A quantidade que vem para o Brasil é pouca”, disse.

A gerente informou ainda que a última importação a chegar ao Brasil, de massa alimentícia para padaria e pastelaria, tem data anterior ao dia 11, quando ocorreu o terremoto. A Anvisa vai reforçar também a fiscalização nas bagagens de passageiros vindos do Japão para evitar a entrada de alimentos. Nos aviões, serão emitidos avisos pelo sistema de som alertando os passageiros que é proibido ingressar no Brasil com comida proveniente de outro país. As medidas definidas pelo governo federal para o monitoramento deverão ser divulgadas hoje (31) em nota técnica.

Na última segunda-feira (28), o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários divulgou nota em que reclama da falta de orientação e de procedimentos para fiscalizar navios e produtos vindos do Japão que desembarcam no Porto de Santos. A preocupação da categoria é porque os próximos carregamentos devem chegar por volta do dia 11 de abril e, de acordo com a entidade, os trabalhadores não dispõem de aparelhos para medir o nível de radiação das cargas.

O sindicato afirma ainda que diversos produtos japoneses estão chegando ao Brasil. “Ao contrário do que afirma a Anvisa, que em comunicado informou que o Brasil só importou misturas e pastas para a preparação de produtos de padaria, pastelaria e da indústria de bolachas e biscoitos, categoria de alimentos sem indícios de contaminação com radionuclídeos, toda semana arroz arbóreo, bebidas alcoolicas (saquê), shiitake e algas marinhas desidratadas, para citar alguns exemplos, chegam ao Porto de Santos”, diz a nota.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI222417-15257,00-ALIMENTOS+JAPONESES+SERAO+INSPECIONADOS+ANTES+DE+ENTRAR+NO+BRASIL.html

31/03/2011 - 09:21


Comentário:

Apesar de haver alguns progressos na tentativa de resfriar e controlar os danos aos reatores nucleares, autoridades japonesas acham que a crise nuclear ainda está longe de terminar.
Testes detectaram água e vegetais contaminados por radiação na região de Fukushima. A agência Internacional de Energia Atômica afirmou que a contaminação é de Iodo (no caso, iodo radiotivo), que apesar de ter uma vida curta e se dissipar naturalmente em algumas semanas, traz um risco para a saúde humana se o iodo radiotivo que estiver presente na comida for absorvido pelo corpo humano.
Efeitos da exposição à radiação:
-Tireóide: Absorve Iodo- 131. Alto risco de tumores, especialmente em crianças.
-Hemácias: Baixa na contagem de plaquetas (cuja principal função é a formação de coágulos), sangramento espontâneo.
-Pulmões: Inflamação e fibrose (formação ou desenvolvimento em excesso de um órgão ou tecido).
-Estômago: Sangramento.
-Intestino Delgado: Sangramento.
-Medula Óssea: Queda de até 50% de glóbulos brancos em 48h; cresce risco de infecção.
Segundo especialistas, o leite de vaca é especialmente vulnerável, caso os animais entrem em contato com o pasto contaminado. O produto é muito consumido pelo homem não apenas em sua forma natural, mas como ingrediente de vários alimentos processados.
Há temores sobre as consequências da contaminação do solo com o material radioativo lançado ao ar pela usina nuclear. Como o material pode efetivamente contaminar os alimentos, portanto causaria um grande risco ao longo de semanas e meses aos japoneses.

sábado, 26 de março de 2011

ONU alerta para crise gerada por favelas e falta de saneamento

O mundo precisa agir imediatamente para combater uma crise urbana nas favelas das grandes cidades do mundo, que sofrem com a falta de água e esgoto.
O alerta veio de um dos diretores da ONU que se dedica a questões urbanas mundiais, o UN Habitat, e coincide com o Dia Mundial da Água, comemorado nesta terça-feira.
"Nós temos uma crise, e precisamos reconhecer isto", disse o diretor executivo Joan Clos.
"Precisamos agir agora. Isto é uma ação comum para acabar com as favelas e para acabar com a falta de água e esgoto. Ambos são o mesmo problema, e têm a mesma solução: planejamento urbano", destacou.
As metas definidas pelo programa de redução da pobreza da ONU registraram alguns progressos, mas a urbanização não planejada e a imigração em massa do campo para a cidade provocaram a expansão das favelas, onde não há serviços básicos.
"De maneira geral, mais ou menos, tudo está melhorando. Mas no ambiente urbano, em algumas partes do mundo e particularmente na África, estamos diante de uma crise. As coisas não estão melhorando, elas estão piorando", advertiu Clos.
De acordo com dados da ONU, 27% dos habitantes de áreas urbanas no mundo em desenvolvimento vivem sem água encanada. A falta de saneamento básico é proporcionalmente ainda mais grave.
Um relatório da ONU publicado um dia antes indica que 400 milhões de africanos vivem em zonas urbanas (de um total de 1 bilhão), número que deve chegar a 1,2 bilhão em 2050.
Destes 400 milhões atuais, 60% moram em favelas. E, entre eles, 55 milhões não têm água limpa para beber e 175 milhões viviam sem saneamento básico em 2008.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/892242-onu-alerta-para-crise-gerada-por-favelas-e-falta-de-saneamento.shtml
22/03/2011 - 11h27


Comentário:

A população brasileira produz, em média 8,4 bilhões de litros de esgoto por dia. Desse total, 5,4 bilhões, 36%, não recebem nenhum tipo de tratamento, são simplesmente despejados sem cuidado no meio- ambiente, contaminando, dessa forma, solos, rios e praias do país inteiro, sem contar nos danos à saúde da população.
Normalmente, qualquer atividade de saneamento tem como objetivos:
- Controlar e previnir doenças;
- Melhorar a qualidade de vida da população;
- Facilitar a atividade econômica.
O sistema de esgoto existe para afastar a possibilidade de contato de despejos, esgoto e dejetos humanos com a população, águas de abastecimento, vetores de doenças e alimentos. O sistema de coleta de lixo tem que ser periódicamente regular.
Em razão da falta de saneamento básico, é bastante comum o contágio de doenças, como por exemplo:
- Cólera (ingestão de água contaminada);
- Amebíase (ingestão de água ou alimentos contaminados);
- Poliomielite (contato fecal- oral e falta de higiene);
- Hepatite A (ingestão de alimentos contaminados e contato fecal- oral);
- Ancilostamose (larva pentera na pele -pés descalços- e ovos pelas mãos sujas em contato com a boca);
- Salmonelose (animais doméstiscos contaminados ou silvestres infectados);
- Disenteria bacilar (ingestão de água, leite e alimentos contaminados);
- Esquistossomose (ingestão de água contaminada e através da pele).

quinta-feira, 17 de março de 2011

Pediatras dobram recomendação de consumo diário de vitamina D

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) vai dobrar a recomendação de consumo diário de vitamina D para crianças e adolescentes: o valor salta de 200 UIs (unidades internacionais) para 400 UIs por dia. A atualização será publicada em maio.

No Brasil, o cálculo de consumo de vitamina D é feito em microgramas (mcg). Cada UI equivale a 40 mcg. Segundo Elaine Martins Bento, presidente da Associação Paulista de Nutrição, 100 gramas de salmão têm 11,83 mcg de vitamina D ou 473,2 UIs. Uma gema do ovo tem 2,08 mcg de vitamina D ou 83,2 UIs.

A alteração do manual da SBP seguirá em parte as novas orientações da Academia Americana de Pediatria, publicadas no início deste mês. Nos Estados Unidos, as novas diretrizes recomendam o consumo de 400 UI para crianças de até 18 meses e de 600 UI para as mais velhas, independentemente da exposição solar.

A recomendação para consumo de cálcio continua a mesma: de 1 a 3 anos, 700 mg de cálcio; de 4 a 8 anos 1 g de cálcio.

O consumo de vitamina D é importante porque, junto com o cálcio, ela atua no processo de ossificação. Quando está em falta, pode provocar raquitismo, alterações no crescimento e nos ossos, além de reduzir a imunidade. Em quantidades ideais, diminui o risco de osteoporose na fase adulta.

A principal fonte de vitamina D é a exposição diária à luz do sol, por ao menos 15 minutos. É ele que estimula a síntese da vitamina no organismo. Alguns alimentos também são fontes, mas em quantidades insuficientes para alcançar as metas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

16/03/2011

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/estado/2011/03/16/pediatras-dobram-recomendacao-de-consumo-diario-de-vitamina-d.jhtm


Comentário:

O consumo de vitamina D está fortemente ligado ao fato de manter hábitos saudáveis, tendo em vista que ela regula o metabolismo ósseo e a deposição de cálcio nos ossos, além de atuar como hormônio que mantém as concenytrações de cálcio e fósforo no sangue., fazendo também a rabsorção de cálcio nos rins.
A deficiência de vitamina D acaba muitas vezes trazendo danos à saúde de qualquer pessoa, podendo causar várias doenças dos ossos, como:
- Raquitismo (doença infantil que causa deformidade dos ossos longos, por exemplo);
- Osteomalacia (caracterizada pelo enfraquecimento e desmineralização dos ossos nos adultos);
- Osteoporose (doença que desenvolve ossos ocos, por diminuir a quantidade de massa óssea. Faz parte do processo normal de envelhecimento).
Recente descoberta mostra que a vitamina D também atua no sistema imune, no coração e no cérebro.
A vitamina é obtida através do colesterol, da luz do sol e de fontes dietéticas.
Alguns sintomas de intoxicação por vitamina D são resultado de nível elevado de cálcio no sangue, causada pelo aumento da absorção de cálcio pelo intestino. Pode causar pressão alta, perda de apetite, náusea e vômito. O tratamento inclui restringir a ingestão de cálcio.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Terremoto de magnitude 7,3 atinge o litoral japonês e gera alerta de tsunami

Um terremoto de 7,3 graus na escala Richter com epicentro no Oceano Pacífico atingiu nesta quarta-feira a costa nordeste do Japão e gerou um alerta de tsunami, segundo as autoridades locais, mas sem deixar danos.
O tremor demonstrou a preparação do Japão para lidar com os frequentes terremotos no país, que aplica estritas normas de construção para diminuir o impacto dos eventuais danos.
O trem-bala japonês ficou temporariamente paralisado na região afetada, mas voltou a operar em seguida, enquanto duas usinas nucleares continuaram funcionando sem incidentes.
O terremoto ocorreu às 11h45 da hora local (23h45 de Brasília), com epicentro 160 quilômetros ao leste da península de Ojika e a uma profundidade de oito quilômetros, provocando um alerta de tsunami para quatro províncias, aviso que foi retirado três horas depois.
Segundo a Agência Meteorológica do Japão, ondas de 60 centímetros de altura chegaram ao litoral do Pacífico da província de Iwate, mas sem causar danos.
O terremoto foi sentido nas províncias de Miyagi, Iwate, Akita, Yamagata e Fukushima e alcançou a magnitude de 7,3 na escala Richter, indicou a Agência Meteorológica, que anteriormente o estimara em 7,2 graus.
Também tremeram edifícios em Tóquio, onde vivemm 13 milhões de habitantes.
Em Miyagi, o terremoto chegou à intensidade 5 na escala japonesa, que tem nível máximo de 7.
Segundo a Agência Meteorológica japonesa, durante uma semana podem ocorrer réplicas deste forte tremor.
A rede de televisão NHK informou que, apesar da intensidade do terremoto, não funcionaram os alertas de emergência nos normalmente são enviados para os telefones celulares pela Agência Meteorológica.
O Japão está sobre o "Anel de Fogo do Pacífico", pelo que os terremotos são relativamente frequentes, levando o país a implementar rígidas normas de construção e treinar a população para situações deste tipo.

09/03/2011 - 00h50

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/886140-terremoto-de-magnitude-73-atinge-o-litoral-japones-e-gera-alerta-de-tsunami.shtml



Comentário:

Notícias como a lida acima servem para nos fazer pensar sobre a atual situação no Brasil, por exemplo, em contraste com o Japão. Diante de tal informação, percebemos mais uma vez o quanto nosso país tem a evoluir em relação a segurança e prevenção contra riscos naturais.
O Japão está situado em uma região onde terremotos acontecem relativamente com frequência, por isso, o país impõe rígidas normas de construção e treina a população para situações de risco. Enquanto em muitas cidades brasileiras existem obras em locais onde não há permissão para se construir, por exemplo. Não vemos movimentação alguma do governo para que tragédias como a da Região Serrana do Rio sejam evitadas ou pelo menos controladas. Ou seja, atualmente no nosso país, perdas humanas (ou até materiais) em razão de fenômenos da natureza não são consideradas importantes ou alarmantes.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Obesidade pode aumentar risco de tipo agressivo de câncer de mama

 Obesidade pode aumentar risco de tipo agressivo de câncer de mama
02 de março de 2011 13h00 atualizado às 13h01

 

Mulheres na pós-menopausa que são obesas têm um risco 35% maior de desenvolver câncer de mama "triplo-negativo", um tipo agressivo que carece de três receptores hormonais comuns nos cânceres de mama. As informações são do site Live Science.
De acordo com o novo estudo, publicado na edição de terça-feira da revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, a pesquisadora Amanda Phipps Phipps e seus colegas analisaram os dados de saúde de 155.723 mulheres na pós-menopausa durante 10 anos. Eles levaram em consideração os índices de massa corporal (IMC) das mulheres e os níveis de atividade física.
As mulheres com os maiores valores de IMC tiveram um risco aumentado de desenvolver o câncer de mama tipo triplo-negativo, segundo o estudo. Já aquelas que afirmaram ter altos índices de atividade física tiveram um risco 23% menor de apresentar a doença.
Os pesquisadores estudam agora a relação de outros fatores, que não são associados com hormônios, que podem levar às mulheres obesas a apresentar câncer de mama.
Terra

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4969829-EI8147,00-Obesidade+pode+aumentar+risco+de+tipo+agressivo+de+cancer+de+mama.html

Comentário:

Vivemos em uma sociedade onde convivemos cada vez mais com o rpoblema da obesidade. Há uma preocupação constante em torno do assunto, mas afinal, por que cuidar de sua própria saúde é considerado tão difícil? A questão é que tal problema cerca a todos nós, crianças, jovens, adultos, idosos, qualquer pessoa de qualquer faixa etária está exposta a tal doença, se não ter os devidos cuidados e manter hábitos saudáveis.
É praticamente rotina vermos casos de doenças e mortes ligadas direta ou indiretamente ao sobrepeso. A sociedade em que vivemos, o mundo, cada um deve se conscientizar, zelar pela sua prórpia saúde e bem- estar, cuidando de si mesmo. Acredito que o governo poderia (e pode) planejar capmanhas de prevenção de obesidade, mostrando como evitar a doença e também os riscos que a mesma apresenta, e dessa forma, acabaria inclusive, por poupar dinheiro, pois não teria de dar suporte aos que futuramente acabariam necessitando de tratamento.